No Divã

Tenho uma história de amor e ódio com a Martha Medeiros. Amor porque adoro quase tudo que ela escreve e o ódio porque gostaria de ter escrito tudo que ela escreve. Simples assim.

Li o livro “Divã” numa época errada. Tinha lido anteriormente o “Trem-Bala” e o “Non-stop” que são de crônicas, e logo começaram minhas provas da faculdade  e o Divã era lido entre os estudos, o que me impedia de realmente absorver o livro também.

Até porque eu tinha 19 anos, não que hoje eu seja muito mais velha, tenho atualmente 22, mas com 19 anos, ao contrário da maioria das gurias da idade, eu não me sentia uma mulher ainda, não me via como uma, me sentia menininha, pirralha, sem-sal, não achava que ia crescer, que iria me apaixonar, mal sonhava e fazia planos.

Pois bem, hoje tirei 2 horinhas do meu dia pra assistir o filme baseado no livro. Eu quase tive um treco de tanto rir. Eu pausava o filme pra poder respirar, rir. Sem contar a identificação. Logo no início do filme ouço a fala:como uma mulher que usa um echarpe rosa pode pensar que pode ser minha amiga? Isso é mais do que eu, sou eu cuspida e escarrada.

Claro que a trajetória do filme é totalmente diferente da minha vida, mas a felicidade da personagem principal, Mercedes, mesmo nos dramas do dia-a-dia é uma identificação incomum. Aliás, poucas pessoas no mundo são tão felizes quanto eu, assim, de sempre ter sido feliz, infância, adolescência, não conto idade, conto lembranças.

 Se eu tive problemas um dia, não foi por falta de felicidade...

Tudo isso é pra dizer que eu recomendo o filme, tenho certeza que haverá identificação em algum momento e a risada será garantida. Vale a pena.

Eu odeio tanto a Martha Medeiros nesses momentos. Ah, como eu queria ser ela!!! Não é loucura, é?

Um comentário:

Ana Gouvêa disse...

Pozolha... não escrevi esse texto, mas assino embaixo:
Analiza Nascimento Gouvêa