Filhos: ter ou não ter?

Pois é, duas de nós são mães, duas vivem em dúvida se estão ou não à espera de um rebento. Não citaremos nomes por motivos óbvios. \o/ O fato é que falo em nome das duas Péssimas mães – olha que coisa mais antagônica, né? Somos excelentes mães, sem modéstia alguma. Aliás, modéstia é coisa pra gente que se acha.
Tenho certeza de que seríamos perfeitamente felizes se não tivéssemos filhos. Nem vem me xingar, um monte de mulher já me falou a mesma coisa. Aliás, existe toda uma babaquice sentimentaloide em relação à maternidade que beira o insuportável. Aquela lenda de que, à primeira vista do pequeno recém-nascido, o coração quase sai pela boca de tanto amor que explode no peito. Menos, bem menos.
É sim um amor inexplicável, inigualável, talvez inabalável, mas o que explode é a dor e o medo. Ou você achou que não dá medo ser mãe? Acorda, a responsabilidade é toda da mãe! O pai é... o pai, enfim, mas a vida que realmente muda é a da mãe. Todos os planos, do “positivo” pra todo sempre, amém, mudam. E não é sempre que a gente fica feliz em ser obrigada a mudar os sonhos. Deixa pra lá.
Não há alegria maior do que o sorriso do filho, o primeiro “mama”, os primeiros passos, a primeira papinha. E o que ninguém fala: não há alívio maior do que a primeira noite bem dormida – e não acredite em tudo que te falam, logo logo você volta a dormir a noite toda -, o primeiro dente que finalmente nasce depois de dias de febre, diarreia e chatice, a primeira noite que ele dorme na casa da avó, o primeiro coco duro que não lambreca a roupa toda. O alívio de voltar a dormir de bruços, o alívio do peito que não pesa mais nem incha a ponto de vazar, a barriga que volta ao normal (tá ouvindo, papai do céu?), os pés que deixam de parecer um pão sovado. Alívio quando alguém pega teu filho, relaxando tua coluna de um peso de 11 kg, quando alguém se oferece pra dar uma volta com o pequeno pra você tomar banho direito. Alívio quando passa o primeiro mês – e, amiga, vai passar, é só ter calma.
Nem tudo são flores na gravidez e na maternidade, aliás, são poucas flores e muitos espinhos. A questão é que as flores têm um aroma insuperável, os espinhos pouco te machucam e, se machucam, não sangra.
Mas quem nunca comeu chocolate não sente falta do doce, e vive super bem sem ele. Filho não preenche vazio, ele preence sim o teu tempo, aí você não pensa bobagem. Não tenha filho pensando que será seu companheiro pro resto da vida, ninguém deseja uma cruz assim tão pesada pra quem ama.
Quero, exijo que meu filho seja uma pessoa feliz, saudável, útil pra sociedade, confiável e gente boa pacaralho. Fora isso, ele e suas escolhas é que vão definir. Ter um filho mudou minha noção de felicidade e de paz, isso é fato, sou mais calma e paciente, mas estou sempre atenta a possíveis riscos como sereno, insetos, etc., além das contas que aumentam astronomicamente.
Tudo na vida tem prós e contras, TUDO, mas no caso dos filhos os “prós” são tão gostosos!

Um filho e um sonho

Oi minha gente!

Pelo fato de 2 de nós já serem mamães, preciso compartilhar com vocês algumas sensações.

Essa noite eu tive um sonho louco. Eu dormi mais cedo do que habitualmente, induzido por remédios (com receita médica, diga-se de passagem).

O sonho ia normalmente até que eu disse ‘vou pra casa porque preciso ver minha filha’. No sonho eu tinha esquecido que era mãe, e a minha mãe estava tomando conta do meu bebê por mim, quando lembrei que era mãe, pronto. O resto do mundo não precisava mais existir.

Peguei aquele bebê e cheirava ele, olhava e meus olhos se enchiam de lágrimas… de felicidade mesmo. Sentia aquele serzinho tão pequeno nos meus braços, amamentava (sim, até isso fiz), e era um sentimento de felicidade incomparável à qualquer momento que eu já tive.

Perguntei diversas vezes pra minha mãe o que eu tinha que fazer pro bebê não engasgar, como eu fazia pra mudar ele sem machucar. Coisas de quem nunca foi mãe mesmo.

Logo eu acordei assustada, achando que realmente eu ia ter que levantar da minha cama correndo pra atender minha filha (lembrando que eu sempre digo que queria um ranhentinho, mas no sonho era uma menina). Até me dar por conta que foi um sonho.

De verdade, foi até um alívio. Me sinto totalmente despreparada pra ser mãe e ainda mais na minha atual fase. Iniciando trabalho, sem retorno financeiro algum.

Apesar do alívio, também me tomou conta um sentimento estranho, de que toda aquela felicidade que experimentei não existe. Não sei se ser mãe dá realmente aquela sensação, mas era tão calmo, tão sereno que hoje não consigo parar de pensar nisso.

Não, não quero ‘pagar pra ver’. Não agora. Mas que sentimento é esse, meudeus?!

Cada louco com a sua

Esse blog tá cheirando a mofo. Cheguei pra fazer a limpeza, aliás, sempre é bom viver novas energias mesmo que seja naquele velho e antigo quarto que você dorme toda santa noite.

Adoro mudanças, nunca me trazem medo, eu só morro de ansiedade. Não morro literalmente, mas chego à beira. “Tônia, ou tu te acalma ou tu vai parar no cemitério”. Médicos e suas sutilezas.

Na boa, o dia que eu tiver um filho ele vai primeiro se apaixonar por livros pra só aí ter uma vida social. Eu quase fui assim, me apaixonei por livros aos 6 anos de idade, na 3ª série minha mãe foi chamada na escola (na verdade, só chamar atenção, porque ela trabalha na escola em que eu estudava) porque a bibliotecária queria pedir se podia me dar livros que fossem um pouquinho além da minha faixa etária, visto que eu já tinha lido todos os que eu podia, e alguns, mais de uma vez.

Hoje eu não consigo ter o mesmo prazer pra ler livros, embora eu goste muito, muito, muto, porque a imaginação minha sempre vai além das histórias e eu só não me arrisco a escrever um porque só eu iria ler, então melhor evitar a fadiga.

Hahahaha. Acho engraçado dizer ‘o dia que eu tiver um filho’. Azar, eu acho. Eu sempre dizia que não queria/quero ter filhos, mas na real eu sempre quis ter um ranhentinho. Não que uma menina não fosse bem-vinda, óbvio, mas um gurizinho seria a minha cara. Até porque acho muito mais difícil educar uma guria. Meus pais são ninjas, viu!? E olhe que eu não sou lá grandes exemplos de educação.

Minha feminilidade aflora quando passo em frente a alguma loja do O Boticário (ouça-se o barulho da caixa registradora </velha>), eu tenho vontade de entrar na loja, me atirar no chão e gritar EU QUERO TUDO. Mesmo se eu ganhasse 25% do que tem na loja, eu iria morrer de preguiça de usar, mas o lado consumista é algo. Não sei dizer o porquê, eu não gosto de uns quantos cheiros de perfumes que tem por lá, mas tem outras coisas tãããão a minha cara que eu tenho vontade que aqueles cheirinhos sejam sempre meus.

Bom, não vou falar em sapatos, mas vou falar em brinquedo. Vi uma enorme tartaruga de pelúcia: MÃE, EU QUERO. Tá, chega!

E eu to viciada em creme de leite, coisa que eu vomitava só em alguém falar. Falem o que quiserem, minha comida preferida sempre vai ser macarrão e tem dias que eu sou louca por uma salada… pra acompanhar, óbvio.

Tenho um vício infâme em Coca-cola Zero. E digo, a abstinência é horrível. No mais, gosto de água, gelada, no inverno. É!

Ah, e minhas cãs são meus amores. Quase morro de rir no tempo em que estou com elas. Ontem mesmo minha tentativa de dormir foi jogada porta afora porque a Brida abriu a porta do quarto, pulou em cima da cama, se jogou em mim e religou meu computador com a cabeça. Quando eu disse “ai, não’’ acho que ela entendeu “vem brincar, Brida”. E ficar braba como?

Aí fui ler, já falei que gosto muito de livros?

Rapidex I

Eu queria fazer análise, mas dinheiro me falta pra analista, então, analisando, sou pobre e fresca!

Pessiminha

Eu tenho uma priminha chamada Rafaela. Linda de doer, esperta, grande pra seus 2 anos e 4 meses, liiiinda de dar raiva!
Ontem, dia das Mães, aconteceu a seguinte conversa:
- Rafaela, tu sabe quem é tua mãe?
- Minha mãe é tu!
- E quem é a mãe do mano?
... alguns segundos depois...
- O pai é a mãe do mano!

O meu destino é ser Star!

Digo egoisticamente que trouxe boas notícias: passei no Exame da OAB!

Foram 7 meses. Posso dizer que estudo foi o de menos, tive muito stress, muita ansiedade, muito desânimo.

Desde outubro do ano passado, ainda findando a monografia já comecei a pensar que o Exame estava aí e que eu precisava da aprovação. Coloquei a aprovação como meta na minha vida e me frustrei porque talvez eu não conseguisse de primeira.

Sabia das dificuldades, o que eu não sabia, e ainda não sei, são as minhas capacidades. Sempre me dizem que Deus nunca dá a cruz maior do que possamos carregar. Independente da minha crença religiosa, essa frase faz sentido. Acho que  não há nada que nos acontece na vida que não possa ser superado. Custa tempo, custa paciência, custa perseverança, mas passa.

A prova foi dia 18 de abril, e pelos gabaritos extraoficiais eu estava passada, aprovada, com alguns errinhos mas nada que impedisse a aprovação, mas não adianta. Quando a gente quer muito alguma coisa, só acredita na realização quando pode ser vista. Tinha medo de me iludir. Me sentia incapaz de pensar em qualquer outra coisa. Me senti carente, sozinha, outras vezes eufórica.

Eu conseguia ficar extremamente feliz e extremamente triste pelo mesmíssimo motivo. Bipolar é para os fracos.

Mas hoje estou aqui com o meu nome na lista dos aprovados. Não é como vestibular. E digo, agora que passei por ele, o Exame da Ordem não está testando conhecimentos de verdade, tem muita gente boa que não consegue passar e muita gente que nunca se dedicou que consegue também a aprovação.

Mas acredito que isso não deve tirar o meu mérito. Eu sei o quanto foi difícil chegar até aqui e quanta gente gostaria de estar no meu lugar.

Eu passei o dia inteiro programando como seria quando eu lesse o resultado. Preparei mensagem para os amigos/parentes avisando da minha aprovação e salvei nos rascunho, deixei msn’s abertos já escritos um ‘passei’ só pra dar enter, preparei twitter, preparei orkut, deixei o número do telefone do meu namorado já digitado pra ele ser o primeiro a saber, após meus pais. Eu gritaria. Eu sabia e não queria acreditar. Se não desse certo, era só fechar e ignorar tudo, se desse, estava tudo em mãos.

Pois eu vi meu nome, minha voz não se alterou, falei pra mãe que estava no outro quarto: Passei, saiu o resultado agora! A mãe veio me abraçar, foi correndo falar para o meu pai, eu ouvia os gritos de faceiros deles. Meu ânimo não se alterou, mandei as mensagens, mandei pro meu namorado também, ele já estava em aula. Meu saldo acabou, não sabia quem tinha e quem não tinha recebido a mensagem, mas no fim, o pesadelo havia acabado, já está mais do que na hora de eu acordar. Não foi historinha pra boi dormir, demorei pra dar conta que eu estava no planeta Terra, foi estranho, me sentia anestesiada. Por pouco não perguntei pra minha mãe ‘It’s a real life?’.

Eu sei que a OAB acabou. Sabe qual é o choque da realidade? Agora preciso pagar anuidade! ¬¬

Parabéns pra mim, mas a vontade que tenho é de gritar, beeeeeeeeeeem alto. Correr pra beeeeeeeeeeeeeeem longe  e de tudo isso saber que as coisas recém começaram.

Mudanças…

2009 foi um ano que eu decidi que iria me jogar fora. Ia fazer festa como nunca fiz, não iria me apaixonar, agiria por instinto, só levaria a sério o que realmente tivesse que levar.

Bem verdade que ainda assim me estressei bastante com monografia e formatura, mas juro que poderia ter sido bem pior.

Tive pessoas boas do meu lado, tive meus maus momentos, tive de tudo. Realmente 2009 foi diferente de tudo o que eu tinha vivido até então. Não considero um ano crucial, mas um ano que dediquei a mim mesma, aos meus quereres e pronto.

Sabia que ele iria terminar e eu precisaria tomar outras atitudes, precisaria levar as coisas mais à sério, precisaria me sentir mais mulher.

E assim fiz, todos os 4 meses que já se passaram de 2010 eu me dediquei à OAB, e confesso que poderia ter me dedicado bem mais, ainda sou reflexo de 2009. Mas enfim, eu não lia um livro que gostaria de ler pelo simples fato que a consciência ficava pesada por eu não estar estudando, eu não visitei amigos, pouco saí de casa.

Agora acabou a OAB e me sinto totalmente perdida, não tenho meu blog de contos, meus amigos foram embora para outras cidades, outros já estão casados, e ainda há os que sempre moraram longe.

Pra minha sorte tenho o meu namorado, mas me sentiria mal se exigisse dele mais atenção do que me dá.

Acho que é só questão de adaptação porque as coisas tendem a dar certo. Eu só me sinto um tantinho sozinha, é bem verdade. Minha vontade era de pegar minha Dom Braga, inventar alguma mistura, e rir sozinha, me divertir sozinha, exatamente como fiz em 2009. Só que não sei mais ser daquele jeito e também sei que nem posso ser. Hoje até o dormir sozinha me inquieta.

Eu e minha eterna briga com as mudanças…

Sou apenas uma guria interiorana, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes…

Não sei comer com hashi, aliás, nunca experimentei comida japonesa. Não tenho fotos na neve com ou sem esqui, nem foto em algum ponto turístico, daqueles que todo mundo vai quando criancinha. Nunca fui a um zoológico. Nunca escalei nada além da porta do meu quarto (a long time ago).

Não pulei de para-quedas, muito menos de bung jump, ainda não tenho tatuagens. Sei nada de vinhos, de bebidas em geral, e não tenho o paladar apurado.

Mal sei distinguir perfumes cítricos dos amadeirados. Divido-os entre os que gosto e os que não gosto. Eu gesticulo quando falo e às vezes minha risada é alta.

Tenho problemas com o silêncio, não consigo ficar quieta. Eu falo com quem eu não conheço e eu estendo a mão. Eu reparo nas pessoas, não nas roupas, mas na face, se triste ou se feliz. E eu esboço um sorriso, quase um pedido de desculpa por adentrar no mundinho de cada um.

Eu tenho problema com o salto alto, pra combinar roupas, dependendo o zebrado e o tigrado poderiam formar um belo par. Não gosto de tigrado mas queria um vestido assim.

Meu cabelo é um caos. Sempre foi, desde que eu comecei a “cuidá-los”.

Sei as regras básicas de etiqueta, mas por vezes tenho vontade de colocar o cotovelo sobre a mesa e escorar minha cabeça pra continuar a conversa.

Eu fui 2 vezes na vida para a praia. Nunca saí do Rio Grande do Sul. Fiz minha primeira viagem sozinha aos 14 anos pra casa dos meus avós, e somente aos 19 viajei novamente sozinha, com um pouco mais de briga, afinal, a ‘capital’ não parecia um lugar apropriado pra mim, em meio a tanta gente desconhecida, na real, sem conhecer ninguém de verdade.

Nunca tentei pular a janela no meio da noite, nunca usei qualquer tipo de droga ilícita, e nunca achei divertido que usassem perto de mim. Cada um com seu livre-arbítrio, mas…

E na minha total deselegância, no meu desconhecimento e ignorância, de toda a minha caretice, posso jurar que não há rotinas em minha vida. Sempre tenho novas histórias e por vezes inacreditáveis.

Não estou convidando ninguém a me conhecer e nem estou dizendo que faço da minha vida um Walt Disney World, mas dentro das minhas limitações, dentro das minhas posses e com tudo que até hoje pensei em fazer, sei que minha vida não se finda tão fácil.

De tédio eu não morro! Então, por favor, não tenta me julgar mais, ok?

;)

Ensaio sobre a paixão

Quando falta paixão, parece que uma parte do coração não bate. Ou bate mais fraco, descompassado do resto, como se uma marcha não entrasse. A vida fica meio borocoxô, por mais que todo o resto ande bem. Tu tem um bom emprego, tá feliz com o corpo, tua casa é confortável e tá quitada, mas... E daí? Sei lá, parece água morna.
Talvez seja isso. A vida fica morna sem paixão. Não to falando só de paixão “carnal”, aquela que não te deixa pensar direito. É paixão pelo que tu tem, pelo que faz, pelo que quer. Por tudo que ainda vai conquistar, talvez até paixão por tudo aquilo que ainda vai querer.

Sei lá se é verdade que a paixão só dura dois anos, talvez até seja. Mas, E QUE dois anos serão! A paixão é o sal, o açúcar, o manjericão e a pimenta das coisas. É o queijo da pizza, o gás da Coca-Cola, a cereja do bolo. As coisas funcionam sem paixão, mas perdem toda a graça.

E indo diretamente à paixão que interessa. A que atiça corpo e alma, que arrepia, que faz suar, que faz dilatar, que ruboriza e saliva. Essa que tanto falta, que tanto sobra. Paixão não é só química, sabe. É a matemática de somar e multiplicar, é literatura, é educação física. É desafiar as leis da física, é aceitar as leis da biologia. É gemer igual bicho, é tremer igual folha, é flutuar como nuvem e derreter feito neve.

Paixão é um sentimento tão forte que dá água na boca só de pensar, de lembrar que existe. A saudade da paixão doi mais, o cheiro da paixão é mais forte, a lembrança da paixão é mais viva.

Difícil é se apaixonar por quem a gente ama. E tem que ser difícil mesmo, tem que ser batalhado, tem que insistir, porque amor com paixão é sentimento completo. É café com leite, morango com chocolate, praia com sol, cerveja gelada, é riso de criança.

Bom mesmo é ter motivos para se apaixonar todo dia, seja pela vida que escolheu, seja por quem também te ama. Vai por mim, isso é basicamente felicidade em drops!

No Divã

Tenho uma história de amor e ódio com a Martha Medeiros. Amor porque adoro quase tudo que ela escreve e o ódio porque gostaria de ter escrito tudo que ela escreve. Simples assim.

Li o livro “Divã” numa época errada. Tinha lido anteriormente o “Trem-Bala” e o “Non-stop” que são de crônicas, e logo começaram minhas provas da faculdade  e o Divã era lido entre os estudos, o que me impedia de realmente absorver o livro também.

Até porque eu tinha 19 anos, não que hoje eu seja muito mais velha, tenho atualmente 22, mas com 19 anos, ao contrário da maioria das gurias da idade, eu não me sentia uma mulher ainda, não me via como uma, me sentia menininha, pirralha, sem-sal, não achava que ia crescer, que iria me apaixonar, mal sonhava e fazia planos.

Pois bem, hoje tirei 2 horinhas do meu dia pra assistir o filme baseado no livro. Eu quase tive um treco de tanto rir. Eu pausava o filme pra poder respirar, rir. Sem contar a identificação. Logo no início do filme ouço a fala:como uma mulher que usa um echarpe rosa pode pensar que pode ser minha amiga? Isso é mais do que eu, sou eu cuspida e escarrada.

Claro que a trajetória do filme é totalmente diferente da minha vida, mas a felicidade da personagem principal, Mercedes, mesmo nos dramas do dia-a-dia é uma identificação incomum. Aliás, poucas pessoas no mundo são tão felizes quanto eu, assim, de sempre ter sido feliz, infância, adolescência, não conto idade, conto lembranças.

 Se eu tive problemas um dia, não foi por falta de felicidade...

Tudo isso é pra dizer que eu recomendo o filme, tenho certeza que haverá identificação em algum momento e a risada será garantida. Vale a pena.

Eu odeio tanto a Martha Medeiros nesses momentos. Ah, como eu queria ser ela!!! Não é loucura, é?