Desabafo Pertinente [2]

Pois vendo tudo o que a Ana falou de cudo, eu não poderia deixar Fimdemundópolis passar em branco.
Aqui sim é ‘cidade’ pequena, que até hoje ninguém entende como foi se emancipar. Bom, quem entende política e interesses políticos né?
Fim de mundo não é exagero, aqui não têm empregos, oportunidades, universidades, indústrias e tudo mais que uma cidade que quer crescer, precisa ter. E veja bem, nem projetos. Nem vou chegar ao ponto de falar da administração pública.
Se tu quer caminhar, espairecer, não tem onde ir.
Se quer um barzinho razoável pra tomar um chopp, cerveja, vinho, com os amigos, sair pra se divertir, a opção é ir até a cidade mais próxima.
Estudos... ônibus!
Quer oportunidades, fazer coisas diferentes, realizar sonhos? Sinto muito, mas você tem que ir embora!! E veja bem, eu não moro na Bahia, moro no nosso tão adorado RS, com o inverno rigoroso e o clima perfeito pra quem gosta da estação fria.
Morar na Bahia, pra mim, seria loucura sim!!! Detesto calor, mar, areia e sol. Nota-se pela pigmentação (ou falta dela) na minha pele. Hehehe.
Cidade pequena, todo mundo conhece todo mundo, então se acham no direito de dar palpite na vida dos outros. Também tem horas que isso cansa. No cafezinho desta segunda-feira mesmo estavam falando sobre tatuagens (assunto levantado pela Ana mesmo) e mercado de trabalho. Antigamente existia muito preconceito sobre isso, e hoje isso já é uma coisa normal nas cidades maiores, porque ninguém se conhece e tem menos vontade de dar pitacos na vida dos outros. Aqui, tatuagens e afins até são aceitos, mas depois de uma boa olhada.
Sabe quando a cidade ta ficando velha? Os jovens estão indo embora pra estudar, dar um rumo nas vidas. Isso é triste, porque vem de uma infância perfeita, convivendo com pessoas desde o jardim de infância e depois da formatura do ensino médio não se tem mais nem noção onde estão teus amigos!! Claro que sei que isso é com todo mundo, que chega um determinado momento na vida que você deve fazer escolhas mesmo não estando preparado pra isso e acaba se afastando de todos. E aqui os motivos são os mesmos: falta de oportunidade.
Falta cultura, falta incentivo. O que nas outras cidades tem pouco, aqui não tem, não investem, parece que se acomodaram com a vidinha ‘feliz’! Detesto uma coisa aqui, povo que vive de aparências. Fingem ter o que não tem. Gastam o que não tem. Claro que não to generalizando, isso tem em todos os lugares, mas aqui isso é saliente mesmo.
Depois reclamam da Bahia, mas antes disso, poderiam olhar um pouquinho pro interior do próprio Estado em que vivem, e ver que o RS também tem seus prós e contras, assim como todos os lugares! Baiano é tão preguiçoso quanto gaúcho é homossexual. E tenho dito!

Um comentário:

Ana Gouvêa disse...

Sempre que algum gaúcho faz algum comentário do tipo "baiano é tudo preconceituoso" eu respondo duas coisas: se realmente fosse, São Paulo não teria prédios e, principalmente, tu prefere ser chamado de preguiçoso ou de viado?
Acaba o papo aí.

Toti:
AMO!
\o/ move it!