E-mail Que eu mandei pro Pi.

Senti a necessidade de dividir isso com vocês.
(ta cheio de errinho..)

Chulipa, meus queridos.
Bom depois de um tempo pensando, resolvi entrar em contato com o Bivis, pelo orkut, pra ver se esse assunto poderia ser usado no programa. Nunca externei esse assunto, por considerar pessoal demais. Mas acho que neste caso, vale a pena, pois teremos a oportunidade de ajudar que possa vir a sofrer disso.Então o tema está à disposição de vocês. Estou enviando também, alguns artigos que podem ajudar a entender o assunto. O meu objetivo, ao enviar o e-mail, não é obter ajuda para mim, mas mostrar o para os adolescentes, o mal que esse disturbio pode causar.

COMO VIREI ANOREXICA
(A minha história - breve porque ninguém gosta de enrolação)
A pressão começou quando eu tinha 13 anos. Eram colegas de escola, parentes, amigos. Todos comentado aqueles quilinhos a mais, que vamos combinar são alterações normais no corpo de um pré-adolescente. Aos 13 anos, tinha 1,64 e pesava 60 quilos.
Comecei a fazer dietas, lendo essas revistas de ajuda. JAMAIS procurei orientação médica neste tempo. Sem perceber eu já estava criando motivos para deixar de almoçar ou jantar. Logo ficava grandes períodos a base de halls e água.
E o resultado veio. em seis meses, eu havia perdido 5 quilos. Era bom, mas não o suficiente.
Nesta época já estava com 14 anos, e vi na TV que algumas pessoas provocava vômito usando uma escova de dente. Achei estranho, mas comecei usando os dedos.. no início doia, mas em outros seis meses já tinha eliminado outros 5 quilos.
Com 14 anos eu percebi que estava com ANOREXIA E BULIMIA, mas não as vi como doença e sim como aliadas. Entrei em contato com outras meninas doentes, passe a tomar remédios para emagrecer e laxantes.
Enfim.. minha rotina era (e é) ficar longos períodos sem comer, e quando comer, correr para "miar".
Com 15 anos, pesava 40 quilos e tinha 1,66.
A comida me causava nojo.
Meu cabelo começou a cair.. as unhas quebravam. Não tinha força pra mais nada. Desmaiava na escola.. mal tinha forças pra me sustentar em pé. Já que por ter feito uma dieta sem orientação, meu corpo ficou carente de muitas vitaminas fundamentais.. Nessa época, baixei o hospital com uma anemia muito forte, mas isso era motivo de orgulho pra mim. Estava magra, pele e osso, assim como eu queria.
Tomei tanto remédio..(calcio, ferro, diversas vitaminas), acabei recuperando aluns quilos perdidos. Nessa época, meus amigos-verdadeiros- foram fundamentais.
Mas a neura continua... todos esses anos, tomei remédios para abrir o apetite.. Consegui me manter entre 55 e 60 kg até os 18 anos..a base de 'miar' e cortando refeições.
Em janeiro deste ano, perdi 15 Kg. 15 em um mês, dá pra imaginar o que é isso?
Enfim.. não passou.. estou me acostumando a comer denovo... mas para onde eu olho, eu vejo alguém me dizendo.. "Você precisa ser magra para ser aceita."
Não existe lugar pra pessoas gordas.

Bom. é esse o meu Pipino. Hoje vejo isso como uma doença. Como o cigarro, por exemplo, o cara sabe que o crigarro mata, mas não dá pra parar de uma hora pra outra.
1.O meu objetivo, neste e-mail é alertar os ouvintes (principalmente os adolescentes) pra que tenham cuidado com essas dietas de revista. Aliás dietas de revistas não fazem bem. Cada corpo precisa de um tipo diferente de dieta. isso ainda se for preciso emagrecer.
2.Longos períodos sem comer fazem mal, porque depois o organismo vai recuperar as calorias na refeição seguinte.
3.Não pensem nunca..nunca mesmo em ' miar'.. ou tomar laxantes... viciam.
4.conversem com seus pais
5. procurem orientação.
6. bulimia não emagrece


Gurizes.. é uma droga, isso.
Espero poder ajudar alguém.

*'miar'= vomitar
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Existe um documentário bem cacana no youtube chamado 'Thin' ele é dividido em 14 partes fala sobre um centro de tratamento para mulheres com esse distúrbuo.
Outro documentário muito bom chama-se "diário de uma anoréxica", ali a menina de 20 anos pesa 37 Kg. a equipe acompanha a rotina dela por um mês..
as crises de bulimia.. o tratamento.. no final ela pesa 33 Kg. e decide não se internar..


Bju bju Dê.