Devaneio péssima

Saí de casa bem cedo. Queria conhecer o mundo. Nunca conheci. Pq quando eu vi que tinha visto a cara dele. Senão eu teria que me matar. E hoje em dia se matar é caro e difícil. E tenho medo, é claro. Não gosto de imaginar essas veias, nervos e essas coisas todas que têm dentro de mim, secando, apodrecendo. É como uma vontade de não destruir uma obra que teve meu esforço para ser construída. Chegar e destruir é difícil. Daí nem penso tanto no mundo. Mesmo.

Parece que sim, né?

Mas se eu pensasse, teria marcas de auto destruição pelo corpo. Algo mais visível que meus dedos roídos e minha cabeça cansada de tanto raciocinar em como andar pelas ruas sem chorar e viver o dia inteiro sem pensar pq, putaquepariu, eu tenho que trabalhar, ganhar dinheiro, ir no mercado e comer bife com batata frita. E agora descobri uma forma mais convincente de ver que estou vivo é fazendo algo útil pelo mundo. Formei meu ponto de vista do que é bom. E luto por isso. E eu acredito, de verdade. Muita gente acredita. E muita gente não sabe que acredita. Eu quero mostrar essas idéias pra todos. Igualdade. Sabe, tudo seria tão mais bonito... A simplicidade é que é linda. Sabe? E daí quem ainda não sabe que acredita, veria que realmente acredita.

A revolução estava por chegar. Chegava nunca.

Sabe aquela janela amarela, meio descascada, que dá pra ver da porta dos fundos? Tem umas flores. Furadas. Dia desses descobri que não era por nada. Eram assim mesmo. Estranho né. Eu pensei que eram formigas. Pq será q as formigas gostam tanto de ficar tentando ir na direção da água quando ligamos a torneira?

Que problema grande né minha cara.

Dê. (pra quem reclamou que eu nunca postei)